A dor no pescoço é a 6ª maior causa de incapacidade e de dias faltados no trabalho no Brasil, então custos maiores que o dinheiro estão em jogo quando falamos sobre, como deixar de ir ao trabalho, de desfrutar momentos com a família ou mesmo pra dormir estão entre as principais queixas que ouço durante a consulta.
O pescoço ou coluna cervical é composto por 7 vértebras que são classificadas como C1 sendo a primeira até C7 sendo a última vértebra cervical, entre cada uma dessas vértebras tem o disco intervertebral que serve como um amortecedor e suaviza os movimentos e impactos diários, também evitando com que ocorra o contato osso com osso das vértebras.
Cada nível da coluna cervical é de onde se origina o nervo responsável pela transmissão da informação inicial gerada pelo cérebro para a execução pelo membro superior (braço), e cada nível é responsável por uma área diferente do braço/escapulas como podemos ver na imagem abaixo
Quando falamos de membro superior, considerando da costela para cima (até a cabeça) é preciso entender que o cérebro envia o é responsável por determinar os movimentos que por sua vez são transmitidos para os nervos que originam na coluna cervical até a região que vai executar o comando (como abrir e fechar a mão) estímulo do cérebro para a mão – ou mesmo do membro para o cérebro quando falamos de sensibilidade (ao tocarmos algo gelado) o estímulo vai da mão para o cérebro
E como ocorre a dor do pescoço que vai para o braço ou costa?
A dor se origina na coluna cervical e a partir disso podem ocorrer dois fenômenos conhecidos como
1. Dor irradiada (que possui trajeto) e normalmente é caracterizada por dor em choque, queimação, formigamento, cansaço e em casos mais severos perda de força e sensibilidade
2. Dor referida (não possui trajeto) mas sente em um local distante, como cotovelo, punho, ombro ou mesmo nas costas próximo às escapulas
Como identificar a causa da dor cervical que vai para o braço ou costa?
Durante a consulta é preciso entender a história da dor, na maioria dos casos ocorre sem causa aparente (porém há casos que aparecem após um trauma), como uma dor que se localizava no pescoço mas com o passar do tempo foi se mantendo, e se espalhando, podendo ir até a ponta dos dedos;
Já durante o exame físico são realizados testes ortopédicos e neurológicos que vão referir se a dor tem origem neuropática ou se podemos descartar essa possibilidade.